domingo, 26 de setembro de 2010

O sistema de saúde britânico

Toda vez que alguém faz aniversário, um dos meus avôs sempre fala: "Parabéns, muita SAÚDE, porque saúde é o mais importante". E quando vc está fora do seu país, não tem ninguém para cuidar da sua saúde a não ser vc mesmo.

Os "sanduicheiros" como nós recebem um dinheiro das agências de fomento brasileiras para pagar um seguro saúde no país de destino. Bom, todos recebem esse dinheiro, menos aqueles que vão para o Reino Unido.

E será simplesmente pelo fato de nós sermos mais bonitos que eles não nos pagam nada?

Bem que faria sentido, mas não é o caso. Acontece que o sistema de saúde da Inglaterra é público. Isso mesmo, ninguém paga nada. E o mais importante para nós, nem imigrantes nem visitantes tampouco pagam nada. E não é que nem no Brasil que se vc não paga nada tem que depender do glorioso SUS. Aqui nem os mais ricos pagam plano de saúde privado. Todo mundo usa o National Health Service, o popular NHS. Afinal eles pagam seus impostos e merecem um serviço de qualidade, não é? (Detalhe que os impostos aqui são 50% menores que no Brasil...)

Enfim, não é à toa que o NHS é considerado a maior estrutura de saúde pública do mundo. Imaginem a quantidade de pessoas que eles têm que atender. É por isso também que aqui há quase um Hospital (não Postinho, veja a diferença) em cada esquina. Só na minha rua tem 5. Devido ao seu tamanho gigantesco e complexidade, a qualidade dos serviços prestados varia dependendo da cidade e região onde se mora. Mas nunca há superlotação ou falta de leitos (igualzinho no Brasil...).

E como o NHS funciona na prática? Bom, no meu caso, como não sou estudante graças ao meu visto, não pude ir ao Hospital Estudantil. Aí tive que atravessar a rua para achar outro hospital onde me registrar. Ei-lo:



É, aqui eles têm a vantagem adicional de ter hospitais em castelos hehehehehe. Enfim, lá chegando, preenchi uma ficha com as principais informações sobre minha saúde. Daí fui para uma das torres do castelo medir minha altura, peso, pressão e batimentos cardíacos. Sozinho! E tudo com instruções claras e objetivas de como usar as coisas. Daí retornei a ficha e ela me devolveu meu passaporte (que eles copiam). Daí ela disse que eu já tinha uma GP (General Practicioner) designada, tipo um clínico geral, que cuidaria de mim. E pronto, o NHS está disponível para mim!

Quando eu quiser, basta eu marcar uma consulta por telefone ou internet toda vez que eu precisar de algum atendimento médico. E se eu precisar de um tradutor, só pedir junto com a marcação da entrevista (esse é o trabalho do filho dos gideões por exemplo). E se eu sofrer um acidente, como já tenho registro no NHS, podem me tratar em qualquer hospital do Reino Unido sem qualquer custo. E se eu precisar de algum tratamento que a GP não possa realizar, ela me passa para um hospital maior ou mais especializado. E se eu tiver que tomar algum remédio, a GP pode receitar para mim.

Bom, vamos aos pontos negativos, pois eles também existem. A imprensa reclama e noticia frequentemente alguns erros médicos e coisas do tipo. Isso acontece pq são muitos médicos, muitos mesmo, e eles não atendem a tantos pacientes quanto no Brasil (o número não chega nem perto). Assim, eles geralmente não têm tanta experiência de casos quanto os brasileiros. Dentistas aqui tb são bem piores que no Brasil, pois aqui Odontologia é só uma especialização do curso de Medicina. Por esse motivo, aliado à completa falta de escovação constante da maior parte dos europeus após as refeições, os dentes deles são muito feios. Por fim, outra crítica ao sistema é o seu abuso por parte das pessoas, especialmente imigrantes. Qualquer dorzinha e as pessoas já vão ao GP. Muitas pessoas imigram para cá só para usar o NHS e não pagar pelo tratamento. Outras vêm só para ter os filhos aqui e não pagar pelo parto.

Enfim, esses são os bônus e os ônus do NHS ser uma verdadeira "mãe" para todos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os gideões contra-atacam!

Estava eu às vésperas de completar um mês em terras estrangeiras, bem feliz e saltitante, quando me lembrei de uma coisa: os gideões passariam apenas um mês aqui em Bristol na casa do filho deles. Astutamente, fiz as contas e concluí que se eu quisesse revê-los (como havíamos combinado naquele fatídico dia da nossa chegada aqui - leiam o post caso tenham se esquecido como foi), teria que ser logo.

Pois então marcamos de jantar na casa do filho dos gideões, Rubens, num sábado 3 dias antes deles voltarem para o Brasil. Rubens mora aqui faz uns 5 anos, casado com uma brasileira, Niura. Ambos trabalham como tradutores em hospitais (um ÓTIMO emprego de meio-período aqui na Europa para quem fala duas línguas, no qual eles basicamente traduzem o que os portugueses, brasileiros, moçambicanos, cabo-verdianos, angolanos, são-tomenses, guineenses, guinéus-equatorianos e timorenses falam para os médicos e vice-versa) e como funcionários de dois supermercados da cidade. Rubens veio me buscar aqui em casa e eu levei uma caixa de bombons brasileiros que achei no mercado (com castanhas do pará!).

Só no carro percebi que eles seriam os primeiros brasileiros que eu encontrei aqui desde um mês atrás quando me despedi... bem, deles mesmos. Enfim, lá encontrei os gideões, seu Valdomiro e dona Olga. Grande casal! Deu saudade dos meus avós, pois pra mim conversar com gente mais velha abre sua perspectiva de encarar o mundo de uma maneira que a gente não consegue fazer sozinho. Tipo, para eles foi a maior satisfação do mundo dizerem com orgulho que tinham ido fazer compras no mercado naquele dia completamente sozinhos, depois de aprenderem inglês aqui durante esse mês. Se viraram com a mulher do caixa e compraram o que queriam direitinho! Às vezes a gente esquece como essas coisas simples podem representar tanto para alguém.

O jantar foi super divertido, falamos sobre os ingleses, os bristolnianos, os brasileiros, sobre como estava minha vida aqui, sobre os passeios que eles fizeram, os que eu fiz, sobre como é a vida na Universidade, sobre políticas públicas de educação e agricultura (!!!)... Enfim, foi muito bom, os gideões muito carinhosos comigo o tempo todo. Nada como a atmosfera brasileira para quebrar um pouco essa fleugma britânica que nos rodeia.

Longa vida aos gideões!



sábado, 18 de setembro de 2010

Eu vou ao futebol!



À lá Doutor Chapatim, acordei hoje com vontade de acabar com minha abstinência de futebol. Aqui não passa jogo da Premier League (Campeonato Inglês) na TV aberta. Só assisti a dois jogos da seleção inglesa e a uns outros amistosos eventuais e um jogo da Segunda Divisão. Mas como o dia estava bonito e o Bristol City jogaria em casa hoje, mesmo que pela Segundona, resolvi ir ao estádio para acompanhar esse espetáculo imperdível. Apesar de todos vcs terem sabido pelos noticiários nos principais jornais e emissoras de TV, vou cometer a redundância de dizer quanto foi o jogo: Bristol City 1 x 2 Coventry City. Vejam que a torcida não ficou muito feliz:




De bom, teve o ambiente bem mais familiar que os jogos no Brasil, apesar dos 13.528 torcedores que lá estavam, a limpeza e conservação do estádio, o campo impecável (eles pretendem construir um estádio aqui para a Copa de 2018), os fiscais prestativos e principalmente a graça que a ruindade dos times trouxe para o jogo.

A qualidade do futebol em si foi horrível, o time da cidade é ruim demais, me lembrou o Noroeste de Bauru em 2009 enfrentando o Guaratinguetá no Alfredão. O Coventry abriu o placar numa arrancada de um de seus atacantes. Não houve nada que o goleiro do Bristol City, David James (ou calamidade James para aqueles que se lembram que ele foi o goleiro da Inglaterra na Copa do Mundo 2010 após o frango do Green na estreia inglesa). No fim do primeiro tempo, o Bristol empatou no único tipo de jogada que eles tentavam: cruzamentos e chutões para a área. Mas aí 2 minutos depois o Coventry fez 2 a 1, tb de cabeça. No segundo tempo só deu Bristol, uma bola na trave, mas nada de muito efetivo.






A torcida saiu revoltada, ouvia uns Boooos, Rubish, Fuck off e etc. com frequência. Eles têm uns cantos mixurucas, nenhum tipo 'Aeeee, o Coventry veio aqui pra se f.', ou então um 'poropopópópó, caiu na rede é peixe, lê lê á, o que o que?, o Bristol veio aqui pra golear...' Na verdade, só consegui entender um:

It's Bristol City,
Bristol City FC,
We're by far the greatest team,
The world has ever seen...

Bom, se o maior clube do mundo não está na primeira divisão de seu país, em mais de 110 de história nunca conquistou um título e está a 1 posição da zona de rebaixamento para a Terceira Divisão, o mundo realmente precisa de um time melhor pra lhe representar...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Definitivamente, God save the Queen

Sábado à noite liguei a televisão para assistir a alguma coisa antes de dormir. Automaticamente, a TV sempre liga na BBC One, o principal canal da principal emissora de TV do Reino Unido. Se formos fazer uma comparação, é a Globo deles.

Mas espera um pouco, tem uma diferença. E que diferença! A programação daqui é MUITO mais variada e muito mais a ver com o meu gosto. Por exemplo, o que passa sábado à noite na Globo? Zorra Total! Aqui estava passando o BBC Proms 2010.

Para quem é burrinho e não sabe o que é o BBC Proms (eu tb não sabia até sábado!), esse é auto-denominado o maior evento de música clássica do mundo. Durante dois meses, desde 1895, há apresentações a preços populares em vários lugares da Terra da Rainha, com o centro no Albert Hall em Londres, com o objetivo de difundir a música clássica. O evento chama Proms porque Promming é o ato de se assistir a um concerto em pé, na frente do palco. No último dia, Last Night of the BBC Proms, o concerto no Albert Hall é mostrado ao vivo pela BBC, e atrai centenas de milhares de pessoas em vários parques da Inglaterra para ver concertos e esperar a última apresentação em Londres, que é mostrada num telão simultaneamente em todos os parques. Ontem, por exemplo, Jose Carreras estava entretendo o pessoal com umas musiquinhas no Hyde Park em Londres até o concerto começar no Albert Hall...

Bom, voltando à historinha do começo. Santa hora que eu liguei a TV! Eu sou muito fã de música clássica, mas raramente vejo um concerto passando na TV, ouço CDs, mp3 e concertos ao vivo quando (e onde!) posso. Mas agora eu estou na Inglaterra amigo, o negócio é diferente! Eu, que estava de lençol me cobrindo na hora que liguei a TV, terminei ajoelhado na cama, vibrando e cantando as músicas! Parecia um bobo mesmo!!! Mas quem gosta entende, chega a arrepiar mesmo. É tipo ouvir um show muito legal da sua banda favorita. A diferença é que os meus favoritos são a música clássica e os hinos! E o mais legal é que todo mundo tava assistindo isso em suas casas, pois se eu baixasse o volume ouvia as TVs da rua e dos outros apartamentos ligadas na BBC.

Pra quem quiser ouvir um pouquinho, vou colocar aqui as mais tradicionais músicas patrióticas britânicas tocadas no Proms 2010.

Enjoy!


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Rule, Britannia! - Uma canção patriótica que eu já tinha ouvido umas poucas vezes, mas nunca tinha dado muita bola. Terminei cantando junto com o povão e batendo a mão no peito (a letra vai embaixo do vídeo, mas na transmissão tinha opção com legenda!).



When Britain first, at Heaven's command
Arose from out the azure main,
Arose from, arose from out the azure main;
This was the charter, the charter of the Land
And Guardian Angels sang this strain:

"Rule Britannia, Britannia rule the waves!
Britons never, ever, ever shall be slaves.
Rule Britannia, Britannia rule the waves!
Britons never, ever, ever shall be slaves."

Still more majestic shalt thou rise,
More dreadful from each foreign stroke;
More dreadful, dreadful from each foreign stroke.
As the loud blast, the blast that tears the skies
Serves but to root the native oak.

The Muses still with Freedom found
Shall to thy happy coast repair;
Shall to thy happy, happy coast repair.
Blest isle with matchless, with matchless beauty crown'd,
And manly hearts to guard the fair.

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Land of Hope and Glory - Hino extra-oficial da Inglaterra, não do Reino Unido (vejam a diferença!), que raríssimas vezes é tocado em eventos oficiais, exatamente pelo fato da Inglaterra ser uma parte do Reino Unido, assim como Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Este hino tem a melodia da famosa Marcha número 1 de Pompa e Circustância, composta por Elgar (aliás, para quem estranhou, muitos outros países e organizações escreveram seus hinos aproveitando peças de música clássica, como Alemanha e União Europeia, por exemplo). Essa eu sabia a letra mesmo sem legenda e cantei a plenos pulmões!



Land of Hope and Glory, Mother of the Free,
How shall we extol thee, who are born of thee?
Wider still and wider shall thy bounds be set;
God, who made thee mighty, make thee mightier yet,
God, who made thee mighty, make thee mightier yet.


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God Save the Queen - Agora sim, o hino nacional do Reino Unido, que boa parte de vcs deve reconhecer pelo menos a parte final dos pódiuns na Fórmula 1 (pois o começo ninguém ouve pq o Galvão faz questão de dizer "vamos ouvir agora God Save the Queen, Deus Salve a Rainha, o hino da Inglaterra (!!)" e nisso já foram pelo menos 10 segundos de hino...). Simplesmente brilhante.



God save our gracious Queen,
Long live our noble Queen,
God save the Queen.
Send her victorious,
Happy and glorious,
Long to reign over us,
God save the Queen.

Thy choicest gifts in store,
On her be pleased to pour;
Long may she reign:
May she defend our laws,
And ever give us cause
To sing with heart and voice
God save the Queen

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Depois de sábado, a Inglaterra ganhou não só meu respeito, mas também minha admiração.

Deus Salve a Rainha!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Oh! We have a potato in our mouths!



Quando li o comentário da Raquel lá no meu segundo post, falei comigo mesmo: tenho que fazer um post sobre os ingleses.

E nada melhor do que o comentário dela para por de título: os ingleses realmente falam como se tivessem uma batata na boca...

Hoje completa-se um mês da minha estadia aqui. Ou seja, ainda tem muita água para rolar. Mas acho que já posso falar alguma coisa sobre o british style de ser e agir.

Primeiro, logo nota-se, eles são bens mais frios que os brasileiros. Acho que nunca vi um inglês se matando de rir. Eles sempre riem meio comedidamente. Não que eles não achem tanta graça quanto nós, mas eles se comportam de maneira diferente.

Segundo, eles são educados. Educados demais. Sempre agradecem cada coisa que se faz por eles, cada prato que o garçom põe na mesa, cada vez que vc passa a nota fiscal assinada ou aceita pegar um saquinho de supermercado... Enfim, faz parte do ritual sempre desejar um Good morning ou um See you! ao ir embora. Mesmo os ingleses mais simples, como o encanador sem dente ou o carpinteiro com lápis na orelha e suspensório, abrem um sorriso sincero quando vc retribui o cumprimento ou pergunta um simples How are you?

Terceiro, alguns são um saco. Quando falo que são educados, digo isso de maneira geral, pq têm uns fulanos que vc quer mandar à merda. Tem um cara no laboratório que é um projetozinho malfeito de hooligan, que se acha o dono do pedaço e fala um fuck off a cada 10 palavras. Esse daí não cumprimenta ninguém, mas tem um senso de humor bem peculiar, e acaba conquistando o pessoal assim. Vamos ver se o dia que ele olhar na minha cara eu não consigo travar uma conversa baseada em pedir para que ele me explique as regras do críquete...

Quarto, ah, tem também aqueles ingleses que se fazem de simpáticos. Conheci alguns deles por aí nesses dias. Quando fui comprar o celular, por exemplo, deixei de comprar em duas lojas simplesmente por causa dos vendedores. Um deles viu que eu estava fuçando no celular e veio me perguntar se eu precisava de alguma coisa, com aquele sorriso na boca. Eu respondi o padrão que adotei em todas as outras lojas: o que vc recomenda pra um cara que não quer saber de integração de mídias sociais e nem de 700 megapixels na câmera, mas que só quer um celular com GPS e navegação via satélite? A maioria abria um sorriso e falava dos modelos. Esse cara percebeu que eu não era inglês e simplesmente respondeu 'Tem esses aí' e voltou para o balcão... Esses ingleses cínicos que se fazem de simpáticos e não estão nem aí para vc, principalmente se vc for um imigrante, são uns fuck off mesmo...

Quinto, tem a língua. Ah, a língua. Bom, vc chega aqui achando que consegue falar inglês e se virar. É, e consegue. Mas não sem sofrer um bocado, como foi para eu pedir uma água (water que para mim era parecido com 'uader' e para eles é 'uáta'). Primeiro, pq nós somos muito mais bombardeados com inglês norte-americano no Brasil do que o inglês britânico. Então tem muitas expressões e jargões que eu não faço ideia do que sejam. Por exemplo, na primeira semana assisti a debates na BBC e fiquei animado, entendi 90% das coisas. Agora passei para o Big Brother e não entendi nem 10%, primeiro pq eles são pessoas comuns que falam rápido e não tem dicção de apresentador e comentarista, e depois pq eles falam como o povo fala, com gírias e tudo. Por isso assisti (e assisto ainda, podem zuar) o BBBritânico, para aprender e me familiarizar com o inglês popular. E o pior, em Bristol ('West Country') o pessoal tem meio um sotaque caipira britânico, comem uns Hs e pulam os dois Ts (como em little = 'li-ou'). Agora já consigo captar a maioria das coisas que se fala por aqui. E a evolução aconteceu no dia-a-dia do lab mesmo. Apesar dos ingleses falarem com o jeitão e velocidade deles (alguns nem se dão ao trabalho de abrir a boca direito), consigo captar o principal que é dito, o suficiente para sobreviver. Porém, hoje mesmo na hora do chá não entendi nada do que eles conversaram por uns 10 minutos. Mas não por causa do inglês. Era por causa da Física...

Bom, acho que já deu bem para vcs terem uma ideia de como é a minha relação com os nativos até o momento. No fundo, são todos pessoas como no Brasil, por isso a leitura da pessoa e o feeling funcionam tão bem aqui quanto aí, independentemente deles entenderem vc perfeitamente ou vc a eles.

Afinal, eles são iguais a nós. Só que com uma batata na boca...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Londres - tarde e noite

London Aquarium, Londres, 12 pm - 1.30 pm - Um monte de peixinho, peixão, tubarão, polvo (o Paul não tava lá...), tartaruga marinha e afins, alguns muito bonitos. Mas pela propaganda e pela beleza do prédio, esperava mais.




Tower Bridge, Londres, 2.30 - 4 pm - Símbolo da cidade, linda por dentro e por fora, com seus motores funcionando para içar a ponte para os navios passarem. A vista lá de cima é maravilhosa, o único defeito é que não dá para ver a própria ponte...




National Gallery, Londres, 4.30 - 5.30 pm - Graças ao meu joelho esquerdo que não aguentou a interminável caminhada que começou 12 horas atrás, tive que me restringir a um conjunto de das galerias do museu. Só pinturas do séculos XIII a XV, quase tudo com temas religiosos. Nada de fotos internas, mas como é gratuita a entrada não me importarei de retornar e ver os demais séculos.




Madame Tussauds, Londres, 6 - 7.30 pm - Eu e alguns dos amigos que encontrei por aí...
















Linha do trem, Londres, Reading, Swindon, Bath e Bristol, 8 - 9.45 pm - Minha perna pedindo arrego e eu ainda tinha que encarar o busão da estação até em casa...




Minha caminha, Bristol, 11 pm até sabe-se lá Deus que horas - zzzzzz

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Londres - madrugada e manhã

Holly Court, Bristol, 4.30 am - Saindo de casa



Bristol, 4.30 - 5.10 am - Só eu na rua



Bristol Temple Meads Station, 5.10 am - Pronto para pegar o Expresso Fantasma das 5 e meia!



Paddington Station, Londres, 7.15 am - Cheguei!



Hyde Park, Londres, 7.30 - 8.15 am - Fazendo hora no parquinho até as coisas abrirem



Speaker's Corner, Londres, 8.15 am - Lugar onde as pessoas trazem um banquinho para subir e protestar contra o que quiserem (é proibido falar mal da Rainha estando em solo inglês...)



Westminster, Londres, 8.45 - 9.10 am - Voltando ao cartão postal clássico, pois ninguém é de ferro... e o melhor, sem turistas, que ao que parece acordam todos tarde!!!!



10 Downing Street, Londres, 9.20 am - Endereço mais famoso da cidade, casa eterna do Primeiro Ministro do Reino Unido (o atual, David Cameron)



Abadia de Westminster, Londres, 9.30 - 11.30 am - Simplesmente minha mais importante missão em Londres para o dia, já que da outra vez não pude entrar além do saguão...



Abadia de Westminster, Londres, 9.30 - 11.30 am - Tumba pra tudo que é lado (lembro do Carlos falando isso na Argentina), todos os reis e rainhas ingleses, nobres aos montes, o soldado desconhecido, poetas e escritores (dos quais minha ignorância só conhece Shakespeare e Dickens) e cientistas (dos quais minha sapiência conhecia todos, desde Newton e Darwin até os mais alternativos Faraday, Kelvin, Watt, Stokes, Hooke, Maxwell e Dirac, alguns dos quais se recusaram a ser enterrados ali por motivos religiosos, mas têm uma placa ou monumento por lá - por isso não foi dessa vez que peguei o femur do Faraday para o Thiago...). Tem também a cadeira da coroação e muitas obras e esculturas nas várias câmaras e capelas. A propósito, fotos internas são proibidas. Uma pena, poruqe o lugar é MUITO bom. E melhor ainda de manhãzinha, antes da horda de turistas invadir o local.

Westminter, Londres, 11.30 am - Talvez 10 vezes mais gente do que há 3 horas atrás, mas ainda assim um lugar fabuloso.