sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como minha mãe descreve... a França

Próxima parada? Paris.

Logo que chegamos pegamos um trem para o centro. Me lembro de ficar um pouco decepcionada porque não estava gostando do que estava vendo, mas fiquei quieta, até um pouco constrangida de não estar empolgada. Afinal, eu estava em Paris!

Do trem, pegamos um metrô. Nada mudou. Cadê a organização? Cadê a educação das pessoas? Cadê o silêncio? Cadê as placas orientadoras? Hum... acho que estou querendo voltar para a Inglaterra. Neste momento descubro que o restante da família também.

Bom, tenhamos calma, tudo há de melhorar.

Realmente melhorou, fomos primeiro ao hotel (flat). Muito bom, localizado numa praça com cafés, creperia, shopping e metrô bem em frente.

A partir daí visitamos vários lugares, alguns bem bonitos, mas mal sinalizados para o turista. Alguns, como a torre Eiffel, com excesso de pessoas querendo vender à força suas bugigangas, outros com um cheiro de xixi insuportável, como em alguns trechos da margem do rio Sena. Uma pena, ele é tão lindo!

Iniciamos com um passeio a pé pela Champs-Élysées (linda e imponente, com seus 2 km de extensão, eu devia ter ido de tênis!) até o Arco do Triunfo (visto de baixo, quanta história! e de cima, a primeira visão da torre Eiffel, inteirinha, magnífica!).


Avenida Champs-Élysées



Arco do Triunfo




Vista do topo do Arco do Triunfo (não é montagem!)




Depois, o Louvre, Panteão e Notre Dame. Não pudemos fazer o Louvre todo (é enooorme!). Vale ressaltar que sentimos falta de placas explicativas nas obras expostas. Fui à Notre Dame duas vezes, em dias diferentes. Na segunda vez, uma 6ª feira Santa, pudemos chegar perto da coroa de Cristo e até beijá-la, se quiséssemos. Estava sendo exposta excepcionalmente para o público naquele dia. Demais!


Museu do Louvre



Meu pai, Monalisa, e minha mãe


Panteão



Catedral de Notre-Dame



A coroa de Cristo




Completando o nosso passeio por Paris visitamos o Palácio de Versalhes e seu jardim musical (muito lindo!), vimos o pôr do sol e a cidade se iluminando do alto da Torre Eiffel (o máximo!), fomos ao Museu D’Orsay (primeiro contato com Renoir, Manet, Monet, Millet, Van Gogh,...uau).


Palácio de Versalhes



Interior do Palácio de Versalhes



Interior do Palácio de Versalhes



Subindo na Torre Eiffel



Vista do Campo de Marte do topo da Torre Eiffel



Museu d'Orsay




Conhecemos a casa onde Rodin morou, vimos suas obras expostas nos cômodos e espalhadas em seu enorme jardim. Subimos de elevador até a Sacre Coer que fica bem no alto, proporcionando uma bonita vista (pena o cheiro de xixi pelas escadarias). Não podíamos deixar de visitar o Invalides, onde o ‘modesto’ Napoleão está enterrado (que túmulo é aquele, Sr. Napoleão???).


Casa de Rodin



O Beijo, de Rodin




A Basílica do Sagrado Coração (em francês Basilique du Sacré-Cœur)



Museu das Armas



Hôtel des Invalides



O sarcófago de Napoleão Bonaparte




Do que mais gostei? Da Torre Eiffel, de Versalhes, de ter beijado a coroa de Cristo, de beber um bom vinho e champanhe (a verdadeira), enquanto ia apreciando maravilhosos queijos.

Se moraria lá? Não.



Rita

sábado, 21 de maio de 2011

Como minha mãe descreve... a Inglaterra

Estou muito feliz. Que viagem!!

Atravessar o Atlântico foi um sonho realizado.

Ponto alto: rever meu filho. Feliz, bem instalado e adaptado (já com um certo ar inglês!).

E, depois, viajarmos todos juntos por algumas cidades da Inglaterra, por Paris e Amsterdam.

Escrevo aqui, a pedido do André, um pouco das minhas impressões sobre as cidades que conheci (elas são tantas! Não é fácil ter que ser econômica com as palavras).

Bem, na Inglaterra conheci Londres, Bristol, Windsor, Bath Spa e Salisbury.

Gostei de todas, da sua arquitetura, da organização, das pessoas educadas e cordiais, da conservação dos pontos turísticos famosos e dos não tão famosos, da facilidade de locomoção, dos pubs com seu fish and chips, de tomar café da manhã andando pelas ruas ainda frias usando cachecol, do jeito elegante do inglês falar, das árvores... uma foto em cada esquina.


Rio Avon passando por Bath Spa

Felizes aos pés do BB


A primeira refeição: Fish and Chips extra-grande!



Jardins da Universidade de Bristol



Isso, sem falar dos castelos e palácios com seus jardins, das catedrais, a Abadia com seus ilustres moradores, do círculo de pedras construído em 3000 a.C., dos banhos romanos, os museus, da ponte de Bristol (que cidade simpática!). História por todos os lados.


Torre de Londres



Troca da guarda no Castelo de Windsor



Os quatro na penumbra dos portões do Palácio de Buckingham



Os quatro em frente à Catedral de St. Paul



Interior da Catedral de Salisbury



Fachada oeste da Abadia de Westminster



Stonehenge



À beira dos banhos romanos em Bath Spa



Fachada do Museu Britânico



O símbolo de Bristol, a ponte suspensa de Clifton



Foi de arrepiar assistir a uma apresentação da marinha britânica no lindíssimo Royal Albert Hall, ir a London Eye andar na roda gigantíssima, atravessar a rua pela faixa de pedestre mais famosa e fotografada do mundo,


Royal Albert Hall



Vista de dentro da London Eye



André Harrison, Rita McCartney, Mauricio Starr e Alice Lennon na Abbey Road



e ... andar de balão - uma aventura maravilhosa e inesquecível (que bom eu ter vencido o meu pânico de altura)


Preparando para alçar voo



Vista do alto



E nos momentos de relaxar, conversar e fazer aquela refeição gostosa, nada melhor que estar na ensolarada e acolhedora casa do filho.


Um macarrãozinho básico



Do que mais gostei? De tudo.

Se moraria lá? Sim, apanharia um pouco com a língua, com o sentido dos veículos na rua, talvez com o inverno, com a cerveja e a alimentação, mas nada que o tempo não desse conta!


Rita

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pequenas notícias

a) O Blogger (empresa do Google em que este blog está hospedado) teve um bug no dia 11, quarta-feira. Alguém fez alguma cagada lá que causou instabilidade nos blogs durante os dias 12 e 13. Para resolver o problema, os brilhantes engenheiros restauraram o sistema para o seu status na tarde do dia 11, antes do problema. Assim, tudo o que foi postado entre a noite do dia 11 e o dia 13 sumiu, sejam posts ou comentários. Por sorte, eu tinha postado a descrição do meu pai antes do bug, portanto ela não sumiu. Mas os comentários do Renan, Thiago, Carlos e Alice desapareceram, bem como o protesto do Carlos em prol dos quelônios no post da minha irmã. Assim, para aqueles que quiserem e tiverem a paciência e memória para tal, comentem de novo por favor, caso os comentários não sejam restaurados.

b) O Gaiago do blog A very personal song vai abandonar a vida de sanduicheiro nos Estados Unidos para se aposentar no Brasil. Veterano de guerra, voltará para casa depois de um ano. Boa sorte para meu companheiro, que mesmo estando tão longe parecia que me fazia companhia por passar (e sofrer) as mesmas coisas que eu aqui.

c) Neste final de semana aconteceu aqui na Europa um evento chamado Eurovision, um concurso entre bandas de países deste continente. Tem uma banda de cada país, escolhidos dentro numa votação nacional (tal como concurso de miss). Daí eles se apresentam e, numa votação por telefone, define-se o vencedor, sendo que um país não pode votar nele mesmo (mas muitos votam nos vizinhos ou em países amigos). ABBA, Celine Dion, Dschinghis Khan e Julio Iglesias já participaram deste concurso no passado. Eu assisti à massiva apresentação de 43 bandas, das quais 25 foram para a final no sábado. Tinha cada coisa horrível, mas algumas eram bem legais. Tinha desde um tenor francês até um trash rock moldávio. O vencedor deste ano foi o Azerbaijão. Se quiserem conferir por si mesmos, eis um resumo das apresentações na final:

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como meu pai descreve a viagem...

(clique na foto para vê-la em tamanho grande. Vale a pena)


O ponto alto da viagem não foi a London Eye ou a Torre Eiffel. O ponto alto da viagem foi, nada mais, nada menos, a mais de mil metros do chão. Isso sim é que foi uma "viagem"! Vou explicar melhor.

Certo dia, todos acordamos às 4h da matina e para minha 'estranheza' ninguém fazia cara feia por levantar tão cedo (isso é raro na família). É claro que tinham estampado nas faces meio amassadas o resultado de poucas horas dormidas, mas não havia nada do, já conhecido, pouco-humor matinal. Não me toquei que havia lá um grande complô para me enganar. Caí como um pato!

A desculpa esfarrapada era que, para ver o nascer do sol de um local especial, teríamos de tomar um trem até lá.

Mais uma vez o pato aqui nem se tocou que nascer do sol é quase tudo igual. Tudo bem! Com todos motivados assim, quem era eu para dar uma de ranheta e argumentar. Mal sabia que felicidade vinha da grande surpresa que me aguardava.

Pega táxi, pega trem e pega táxi de novo! 'Caspita má que lugar mais estranho pra ver nascer do sol' pensava eu quando vi passar à frente do carro uma cesta de balão! -CARAMBA! UM BALÃO! NÓS VAMOS ANDAR DE BALÃO!!!!!

...pois é até agora me arrepio ao lembrar da minha alegria. Falo da “minha alegria” pois me senti um criança levada pelo pai a um parque de diversões e andar num brinquedo dos sonhos. Só que nesse caso o FILHO foi o pai e o pai, filho. Poucas vezes acertaram tão na mosca como dessa vez.








Bem, voltemos à viagem do reencontro. Era assim que eu via o processo de preparação e condução da viagem. O reencontro com meu filho que há oito meses saiu de casa para fazer seu Doutorado Sanduíche lá em Bristol. De resto, (metido) iríamos conhecer Londres, Bristol, Bath Spa, Salisbury, Paris, Amsterdam e Keukenhof (Lisse). Nada mal para uma viagem em família. Com tudo muito bem organizado e com um roteiro primoroso, aproveitamos o que havia de melhor para ver e fazer em tão pouco tempo! Ponto para o André e para Rita que trocaram muitas horas de conversa pelo Skype. Santo Skype! Santo André! Santa Rita! Amém.

Falar sobre a viagem é cair no lugar comum. Londres é demais! Tudo funciona (novidade), tudo no lugar (novidade), tudo na hora (mais uma novidade). Povo bonito, educado, na deles! A culinária é pouco variada (fish and chips é bom, mas cansa), muitas marcas de cervejas bem amargas (a melhor que tomei era a holandesa Amstel), museus, castelos, pontes, igrejas, abadias, príncipes e princesas (meio que em alta por lá), muito sol, nenhuma chuva, só um pouco frio, se respira muita história, muita cultura. Enfim... eu poderia viver lá.

Depois de Londres fomos conhecer a cidade onde o André mora: Bristol. Adorável e um pouco mais ‘moderna’ que Londres, tem um ar de cidade do interior e que não carrega aquele peso de cidade famosa. Fomos direto conhecer o apê do André (tudo limpinho e no lugar, como inglês gosta). Ainda bem que chegaram uns brasileiros por lá para espalhar um pouco de poeira e alguns pêlos contrabandeados da nossa cã.





Em Bristol nasceu um dos mais importantes engenheiros ingleses (Isambard Kingdom Brunel), cujas obras aprendi admirar, e que agora está formando um dos melhores químicos que conheço (sic).

Partindo de lá fizemos muitos passeios. Um deles já foi citado logo na abertura deste post, mas outro fato importante foi o estar frente a frente com Stonehenge. Ficar de cara com 5000 anos de história foi arrepiante!




Dali, partimos para Paris (a cidade que melhor saiu nas fotos), mas como uma cidade mais visitada no mundo, decepcionou a todos da família. Isso porque é meio caótica, cheia de gente, suja e em muitos lugares fedida, entulhada de brasileiros (não havia lugar que não os encontrassem) e mal sinalizada em todos os aspectos. Só para se ter uma ideia, no mais famoso museu de arte da Terra não havia uma segunda linha em outra língua nas etiquetas de identificação das quadros. Para curtir Paris, tem que saber francês e está acabado! Eles parecem não dar a mínima para os turistas (só para o dinheiro deles). Pulemos então, senão fico de mal humor.

Aí sim encontrei o meu lugar no mundo! Chegamos a Amsterdam!






Linda, colorida, culta, viva e cheia de barquinhos! Baixou a criança “di novo”. Só olhava os canais, suas lanchas, antigas e modernas, suas “house boats”, um delírio para quem gosta, como eu, de andar sobre as águas. Depois de me puxarem pelos braços, me colocaram frente a frente com van Gogh. Gênio! Delirante! Enebriante! Chapante. Diferente da Monalisa que vc aprecia a quilômetros de distância, ELES estavam lá a alguns centímetros dos olhos sem ninguém te pisoteando. Vale voltar no relato e ressaltar também aqui a leveza e o bom gosto com que os ingleses apresentavam suas obras e relíquias. Ai caímos naqueles relatos de viagem, arquitetura, bondes, bairros menos nobres, praças, zilhões de bikes, blá blá... Até que, para um fecho de ouro fomos a Lisse (não é a minha filha).




Lá está Keukenhof, o maior parque de flores do mundo. Imperdível para quem gosta ou para quem ainda não gosta de flores. Não há como não gostar. Até minha filha que é muito seletiva (chata) nas coisas que gosta, amou. Uma das melhores provas do homem da harmonia e admiração das belezas da natureza.

Foi rápido mas foi intenso. Amei estar com toda a família... e partes da cachorra que solta pêlos pela Europa.



Mauricio

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Como minha irmã descreve a viagem...

Desta vez, em vez de postar uma descrição minha da viagem, ou então seleções de 10 fotos, encarecidamente pedi a meu pai, minha mãe e minha irmã que descrevessem a viagem sobre a ótica deles, contando o que quisessem, episódios específicos ou descrições gerais, o que mais gostaram ou o que menos gostaram etc. Vai ser ótimo ver a descrição das mesmas coisas sobre três perspectivas completamente diferentes. Começo pela minha irmã. Espero que gostem!

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O Grande Irmão nos incumbe da tarefa de escrever sobre a viagem. Então começo dizendo que tive dois grandes obstáculos, os quais felizmente venci: deixar a Tuti por tantos dias (o que só foi possível graças à Dayse, meu namorado, meus amigos incríveis e uma foto linda do meu cão) e não fazer xixi de hora em hora (tarefa tão difícil para quem me conhece). Outra tarefa complexa é resumir a viagem.

Depois do total pânico no avião, chegamos. E logo no primeiro dia, no primeiro passeio, na Inglaterra, uma das coisas mais fantásticas durante a viagem me aconteceu. André me forneceu um dado precioso: “Os esquilos aqui são muito amigáveis”. Um segundo depois, estava eu, ajoelhada para um cercado, fingindo ter algo na minha mão, oferecendo para um esquilo. Ele veio em minha direção, subiu no cercadinho e com uma pata segurou meu dedo, enquanto cheirava os outros à procura do petisco. Como este não existia, foi embora. Me deixou com terra no dedo. Terra, no MEU dedo. Foi mágico... o momento, o a patinha, sentir a respiração dele. Mas outras coisas da Inglaterra foram lindas também, como a gentileza e educação das pessoas, a cidade do meu irmão, andar de balão, os ônibus pontuais, as pombas (que são tão mais saudáveis que em São Paulo, todas têm todas as patinhas, as penas são brilhantes e elas são gordinhas), a Stonehenge, os coelhos na natureza, o fish and chips e os chocolates baratos no mercado.


A Tuti na London Eye


A Tuti no Castelo de Windsor


A Tuti no balão


A Tuti em Stonehenge


A Tuti na ponte de suspensa de Clifton, em Bristol



Já em Paris, tenho bem menos coisas legais pra listar. O que ela tem de mais bonito é a Torre Eiffel. Mais vê-la do que subir nela. E tive o privilégio de ver pombas (também saudáveis) tomando banho numa bica. Mas Paris dá medo. Assim como São Paulo. Você anda na rua com seu radar ligado, não é tranquila como a Inglaterra. Nem organizada. O Louvre, por exemplo, foi uma grande decepção. Não o tamanho da Mona Lisa, que é até bem maior do que pensei, mas o fato de que um museu deste porte não ter legenda nas obras em inglês, só francês. Você é obrigado, além de gastar vários euros entrando em cada ala do museu, a gastar mais pelo guia auditivo, o qual nem abarca todas as obras expostas. Porém, como disse, Paris me lembra São Paulo. E parece que meu imã para atrair pessoas estranhas no transporte público funciona também em Paris, já que eu tive um encontro inusitado com uma senhora. Ela entrou no metrô, sentou ao meu lado e me mostrou a língua. Sem parar. Passei mal de tanto rir, não deu pra fazer minha cara de psicóloga-paisagem, ainda mais sabendo que minha mãe estava atrás, rindo horrores.


A Tuti na Torre Eiffel


A Tuti na Monalisa, no Museu do Louvre


A Tuti no jardim do Castelo de Versalhes



Por fim, Amsterdã. Fechamos bem, com outra cidade linda, bem mais agradável que Paris. E nem é preciso ir aos famosos coffee shops para curtir a cidade. Só passear por ela é agradável. Mas as atrações também são. O museu de Van Gogh é maravilhoso, pode-se ver de muito perto as pinceladas mais bonitas. E lá vi também a maior quantidade de bicicletas e de flores que verei na vida. O jardim Keukenhof é o mais lindo que verei, certeza. Tulipas são minhas flores preferidas, foi lindo. Além do fato que vi patos fazendo um ninho, um cisne me mordeu e eu dei carinho numa ovelha por diversos minutos, minha alegria. Ah, e uma palavra essencial para Amsterdã: stroopwaffle!


A Tuti nos canais de Amsterdã


A Tuti nas flores do jardim de Keukenhof



A Tuti no labirinto em Keukenhof (reparem nas pessoas se divertindo e se perguntando "O que é isso?")


Alice