Estava eu às vésperas de completar um mês em terras estrangeiras, bem feliz e saltitante, quando me lembrei de uma coisa: os gideões passariam apenas um mês aqui em Bristol na casa do filho deles. Astutamente, fiz as contas e concluí que se eu quisesse revê-los (como havíamos combinado naquele fatídico dia da nossa chegada aqui - leiam o post caso tenham se esquecido como foi), teria que ser logo.
Pois então marcamos de jantar na casa do filho dos gideões, Rubens, num sábado 3 dias antes deles voltarem para o Brasil. Rubens mora aqui faz uns 5 anos, casado com uma brasileira, Niura. Ambos trabalham como tradutores em hospitais (um ÓTIMO emprego de meio-período aqui na Europa para quem fala duas línguas, no qual eles basicamente traduzem o que os portugueses, brasileiros, moçambicanos, cabo-verdianos, angolanos, são-tomenses, guineenses, guinéus-equatorianos e timorenses falam para os médicos e vice-versa) e como funcionários de dois supermercados da cidade. Rubens veio me buscar aqui em casa e eu levei uma caixa de bombons brasileiros que achei no mercado (com castanhas do pará!).
Só no carro percebi que eles seriam os primeiros brasileiros que eu encontrei aqui desde um mês atrás quando me despedi... bem, deles mesmos. Enfim, lá encontrei os gideões, seu Valdomiro e dona Olga. Grande casal! Deu saudade dos meus avós, pois pra mim conversar com gente mais velha abre sua perspectiva de encarar o mundo de uma maneira que a gente não consegue fazer sozinho. Tipo, para eles foi a maior satisfação do mundo dizerem com orgulho que tinham ido fazer compras no mercado naquele dia completamente sozinhos, depois de aprenderem inglês aqui durante esse mês. Se viraram com a mulher do caixa e compraram o que queriam direitinho! Às vezes a gente esquece como essas coisas simples podem representar tanto para alguém.
O jantar foi super divertido, falamos sobre os ingleses, os bristolnianos, os brasileiros, sobre como estava minha vida aqui, sobre os passeios que eles fizeram, os que eu fiz, sobre como é a vida na Universidade, sobre políticas públicas de educação e agricultura (!!!)... Enfim, foi muito bom, os gideões muito carinhosos comigo o tempo todo. Nada como a atmosfera brasileira para quebrar um pouco essa fleugma britânica que nos rodeia.
Longa vida aos gideões!
Não sei como você não acha que conseguir fazer compras em outra língua não é algo fenomenal. Eu até agora não consigo comer o que eu quero na subway!!!
ResponderExcluirAndré, fica ligado q vc tá começando a variar das idéias. Suas andanças britânicas não estão fazendo bem. O risco de vc deixar a brasilidade de lado está aumentando, cuidado. Pare com esses programas culturais, mantenha sempre um certo nível de futilidade. Vc pode não suportar o retorno para o país das bananas (Marcos).
ResponderExcluir[quote=André Frank]políticas públicas de educação e agricultura[/quote] Cheiro P.O...
ResponderExcluirfleugma??!!?!?!
ResponderExcluir( @ ; @ )
Que legal esse reencontro! Nada melhor do que conversar com um conterrâneo, ou melhor, com um gideão.rsrs
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